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Os plásticos e a Economia Circular

A Conferência “Repensar os plásticos na transição para uma economia circular”, organizada pelo Ministério do Ambiente, que decorreu no passado dia 7 de junho, na Fundação Calouste Gulbenkian, revelou-se um sucesso, contando com mais de 150 participantes!

O evento contou com a participação do Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, e do Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira, na sessão de abertura, tendo o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, encerrado os trabalhos da Conferência.

 

A Conferência foi centrada na reflexão e debate do papel do plástico na nossa indústria e sociedade, e teve como especial destaque, a primeira apresentação efetuada pelo representante da Comissão Europeia da proposta de Diretiva para a redução do impacte de certos produtos de plástico no ambiente e o respetivo estudo de impacto.

 

A referida proposta perspetiva novas abordagens ao material plástico, avançando com medidas de redução, prevenção e gestão, entre as quais, a previsão de sistemas de depósito de embalagens de plástico, a restrição de colocação no mercado de certos produtos descartáveis de plástico, novas metas de recolha seletiva e maior amplitude do regime de responsabilidade alargada do produtor.

Também foram apresentados pela Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA) os primeiros resultados intercalares do grupo de trabalho constituído para avaliar a aplicação dos incentivos fiscais associados à redução do consumo de sacos plásticos e a sua aplicabilidade a outros produtos de base plástica descartável de origem fóssil.

 

A sessão de Debate moderada por representante do Gabinete do Ministro do Ambiente, contou com a participação de várias associações e entidades representativas dos setores económicos, tendo sido bastante esclarecedora e participada pelo público.

 

A Fundação Calouste Gulbenkian também marcou a sua presença, como Keynote Speaker abrindo o painel de casos de sucesso de empresas nacionais que partilharam experiências que contribuem para a transição para a economia circular e para o uso eficiente e sustentável do plástico.

Assinala-se igualmente a assinatura de Acordos Circulares para o plástico (Green Deals) entre a Agência Portuguesa do Ambiente e três Associações representativas:

  • Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente;
  • Associação Portuguesa de Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas;
  • Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.

Estes Acordos prosseguem os desígnios estabelecidos no Plano de Ação para a Economia Circular (PAEC) e vigoram até 2020, no âmbito dos quais se prevê a adesão de empresas, que estabelecem metas e compromissos, com vista a promover o uso sustentável e eficiente do plástico na cadeia de valor dos setores representados pelas referidas associações.

 

Por último, foi lançado o livro “ Fluxos Específicos de Resíduos, um Caminho de Sucesso”, que resulta de uma parceria entre o Ministério do Ambiente e a Associação Fluxos.

 

Em conclusão;

  • O plástico tem um papel central na indústria e no nosso dia-a-dia.
  • Este material vai continuar a estar presente no nosso quotidiano, mas terá de ser de uma forma necessariamente diferente. É imperativo inovar o modo como o produzimos, utilizamos e regeneramos, em linha com os princípios de funcionamento da economia circular.
  • Reconhecendo que o nível de ambição colocado nas novas metas europeias relativas à reciclagem de embalagens e de redução do plástico vai ao encontro dos desígnios da transição para uma economia circular, o seu alcance coloca a Portugal desafios de grande complexidade que exigem respostas inequívocas, pluridisciplinares e integradas para a sua resolução, nomeadamente alterações estratégicas, reconversão de tecnologia e mudança de comportamentos, cabendo a todos contribuir de forma decisiva para a aceleração deste processo.

 

 

As apresentações estão agora disponíveis na seção recursos - documentação