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Circularity Gap Report 2023

Uma economia circular global permitirá atender às necessidades das pessoas com apenas 70% dos materiais que atualmente extraímos e usamos – levando a atividade humana de volta aos limites seguros do planeta.

Soluções circulares incorporadas em quatro sistemas globais podem atingir esse objetivo.

Reduzir o uso global de materiais por meio de soluções circulares, como reutilização, reparação e reciclagem, pode limitar o aquecimento global a 2 graus e trazer as atividades humanas de volta aos limites planetários seguros, de acordo com um novo relatório da organização de impacto Circle Economy, em colaboração com a Deloitte. O relatório foi lançado dia 16 de janeiro em Davos, no Fórum Económico Mundial.

A economia global é medida como 7,2% circular hoje, caindo de 9,1% em 2018, quando a Circle Economy calculou o número pela primeira vez. Isso significa que, dos marcos de 100 mil miilhões de toneladas de materiais virgens extraídos da Terra anualmente, apenas 7,2% conseguem voltar na economia na forma de materiais reciclados. Somente nos últimos seis anos, a economia global extraiu e usou quase tantos materiais quanto ao longo de todo o século 20, segundo o Circularity Gap Report 2023.

 

Matthew Fraser, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Circle Economy, disse que esse baixo nível de circularidade “demonstra como a economia global depende de materiais novos e virgens”. Existe um enorme potencial para aumentar o uso de materiais secundários na economia global.'

Os processos lineares atuais não apenas esgotam os materiais finitos do planeta – também produzem toneladas de gases de efeito estufa (GEE) e resíduos, uma parte considerável dos quais pode ser evitada.

De acordo com o estudo, as principais necessidades da sociedade – como alimentação e habitação – poderiam ser atendidas com apenas 70% dos materiais que a economia mundial consome atualmente.

Reduzir a extração de material em 30% melhorará enormemente a saúde ambiental em terra, mar e ar.

A chave para essa redução está na transição dos combustíveis fósseis para fontes de energia mais renováveis e na redução da procura por minerais como areia e cascalho, que são amplamente utilizados para habitação e infraestruturas.

Na prática, significa aumentar as energias renováveis e renovar edifícios e infraestruturas antigas em vez de construir novas, em combinação com outras medidas. As abordagens mais apropriadas variam significativamente entre as geografias, dado o imperativo de transição justa reconhecido no Acordo de Paris de 2015.

A redução potencial do uso de materiais parecerá diferente nas regiões globais, algumas como os EUA e os Estados membros da UE, devem reduzir radicalmente a extração e o uso de materiais, já que atualmente consomem 31% dos mesmos. Enquanto outros, como a China, precisarão estabilizar seu consumo de materiais.

“A economia linear tem uma série de efeitos prejudiciais para o ambiente que afetam significativamente o bem-estar das pessoas. A nossa pesquisa mostra que, adotando práticas de economia circular, podemos reduzir a extração de materiais, continuar a prosperar e voltar a viver dentro dos limites seguros deste planeta”, aponta Martijn Lopes Cardozo, CEO da Circle Economy.

 

 

 

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