O projeto do Hotel Monverde nasceu entre os bagos e vinhedos da Quinta da Lixa, em Amarante e foi o primeiro hotel vínico da região. A ideia inicial era destinar os 32 hectares à produção de vinho Alvarinho e continuar a receber os cerca de 2600 visitantes e clientes anuais.
Primeiro, recuperou-se o casarão rural para acolher esses hóspedes mas o arquiteto Fernando Coelho quis ir mais longe – e assim nasceu o Monverde – Wine Experience. O investimento rondou os 4 M de euros primou-se pela garantia de manter o local em completa harmonia com o enquadramento natural. Assim, o hotel está no centro de um circuito de madeira, de verde e de todos os tons de pedra, entre o castanho, o cinzento, o dourado e o cobre – as cores de que a paisagem, nomeadamente a vinha, se vai vestindo ao longo do ano.
De igual modo, procurou-se no artesanato e antiquários locais, assim como entre as ruínas da antiga quinta, a maior parte dos objetos decorativos. Nos corredores de acesso aos quartos, encontram-se peças de arte tão originais como antigas pias de pedra ou ainda as enormes caras rústicas esculpidas no granito, emanadas da arte popular. As antigas casas de granito onde ficam os quartos, um deles um apartamento, eram ruínas, das quais foi aproveitada quase toda a pedra para o restauro do edifício.
A intervenção implementada pela Quinta da Lixa ao Monverde, em que se reabilitaram e ampliaram as construções existentes, seguiu, em todo o processo desde a construção à exploração, uma política amiga do ambiente. Por esta razão, o Monverde é um dos (apenas) 7 hoteis em Portugal detentores do Rótulo Ecológico Europeu.
O Rótulo Ecológico, ou ECOLABEL, é uma das ferramentas referidas no Plano de Ação da UE para a Economia Circular e ao qual a Comissão pretende ampliar o escopo e eficácia. Neste caso em particular, este certificado dá conta de que a gerência do Monverde está ativamente a tomar medidas para o uso de energias renováveis, eficiência energética e hídrica, redução de resíduos e melhoria do ambiente local. O MONVERDE recebeu o Ecolabel em Dezembro de 2016 e a equipa de arquitetos – a FCC Arquitetura e Paulo Lobo - registaram todo este processo num livro, publicado pela Uzina Books.
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